Data: August 15, 2023 Em: Outros
Segundo informações do Mapa da Violência, em 2012, 117 meninos e meninas entre 10 e 14 anos se suicidaram no Brasil. No ano 2000, foram 83. Os números provocam questionamentos. O que leva pessoas tão jovens a se matarem? Quais as motivações para que nesta fase ainda inicial de transição da criança para o adulto, o sofrimento seja tão intenso e a morte deliberada ocorra? A inquietação nos incentiva a buscar informações. E é nesse espírito de prevenção, de conhecer para agir, que convidamos você a participar a campanha Setembro Amarelo.
A ideia é auxiliar na quebra de tabus e na conscientização da sociedade sobre o tema. Contribuir para que cada um, como sugerido pelo Iasp, entidade internacional de prevenção do suicídio, possa colaborar com a prevenção. O tema “Trabalhando juntos para Prevenir o Suicídio” é um estímulo à rede de apoio para redução dos crescentes índices.
A questão é complexa e, como tal, a resposta não pode ser simplista. Mas é preciso falar. O suicídio pode ser prevenido com informação. A identificação de sinais, a oferta e a busca por ajuda ainda enfrentam barreiras muitas vezes por preconceitos. Falar sobre suicídio costuma ser delicado, até mesmo pronunciar a palavra provoca às vezes uma situação de desconforto. Algo como já foi a lepra ou o câncer. Com a diferença que a dor psíquica em muitas situações é encarado como de menor importância que a dor física.
As mortes por suicídio, sobretudo quando ocorre com os mais jovens, causa comoção. Mas ela é fato em todas as faixas etárias: são 32 brasileiros por dia, quase 1 milhão de pessoas por ano no mundo. Se nove em cada dez mortes por suicídio podem ser evitadas, o que fazer?
Conhecer um pouco mais sobre o tema, buscar ajuda, saber que frases como “vou desaparecer”, “vou deixar vocês em paz”, “eu queria dormir e nunca mais acordar” podem expressar ideias ou intenções suicidas. Um sinal de alerta que precisa ser compreendido como comunicação e que não deve ser ignorado.
A falta de esperança e de visão do futuro , a culpa, a baixa autoestima e a visão negativa da vida, sejam verbalizadas, escrita ou até mesmo em desenhos apontam a necessidade de maior atenção.
Amarelo é a cor da vida, da luz, do sol. É mês de se unir a esta campanha de valorização. Tal como ocorre no Maio Rosa ou no Novembro Azul, busque informações, procure ajuda, fale abertamente sobre as emoções. A fala auxilia no entendimento dos sentimentos, na compreensão do que se passa dentro de si. Sem julgamentos, contra si ou contra o outro. E, se quiser, busque o CVV. Nossa missão é Valorizar a Vida, contribuir para que as pessoas tenham uma vida plena e, assim, prevenir o suicídio.
Leila
CVV Brasília
*Precisando conversar ligue 188 ou acesse www.cvv.org.br